quarta-feira, 24 de outubro de 2012

VOCAÇÃO CERTEZA INTERIOR



Vocação, certeza interior que nasce da graça de Deus

Há esperança no caminho da juventude que tem a coragem de sonhar e correr o risco de viver seus sonhos

O Serviço de Animação Vocacional (SAV) é um trabalho pastoral que visa despertar as pessoas para a vocação humana, cristã e eclesial. Por isso, cada pessoa é chamada a despertar nas juventudes o desejo do seguimento e da missionariedade. “Tudo o que as pessoas puderem fazer pelas vocações, será sempre um ato de amor a Cristo e um grande serviço ao Povo de Deus”, declara o Papa Bento XVI.
As pessoas que trabalham no SAV tem como missão: Acolher as juventudes que desejam aprofundar a vocação à Vida Laical, Religiosa e Sacerdotal; estar presente e fazer um trabalho vocacional na catequese, com os coroinhas, infância missionária, grupos de jovens e escolas; realizar a semana de Animação Vocacional nas Paróquias por ocasião do mês vocacional, ordenação sacerdotal, diaconal, profissões religiosas e outros; promover palestras, encontros vocacionais, retiro ou jornada de espiritualidade para animadores vocacionais e realizar encontros mensais com vocacionadas/os.
 

SAV nas Escolas

Os Missionários da Palavra realizam nas escolas as semanas vocacionais despertando nos jovens o desejo pelo conhecimento mais claro e profundo da vocação, mostrando o valor da vida e da vocação. Realizam encontros com músicas, filmes, encenações, dinâmicas e outros. 





SAV nos Meios de Comunicação Social

O animador vocacional usufrui a eficácia dos meios de comunicação social que é uma potência atual no mundo das juventudes e isso viabiliza e favorece o trabalho de despertar, incentivar e motivar a juventude na busca do seguimento a Jesus Cristo.
Os meios de comunicação levam as juventudes ao conhecimento da Congregação e esta ao conhecimento das Juventudes. Neste intercâmbio, acontece o despertar e o acompanhamento vocacional daquelas que desejam se aprofundar no discernimento, mas residem em lugares distantes, ou onde os Missionários da Palavra não estão presentes. 

SAV na Catequese
Ao relatar sobre a experiência da caminhada catequética e juventude os Missionários percebem e afirma ser este, um elemento importante para iniciação à vida cristã, a qual forneça base sólida para a caminhada “rumo à maturidade em Cristo” (cf Ef 4, 13), em todas as dimensões. Na experiência com o catecumenato crismal, conta com a participação e envolvimento das juventudes que, além de assumirem a catequese em suas comunidades, ajudam na formação e articulação dos grupos de catecumenato, trabalhando, especificamente, com pais e acompanhantes, no que diz respeito à formação e à vocação.
            Celebrar, festejar, vibrar, lutar com entusiasmo, faz parte da dinâmica jovem da dos Missionários da Palavra. Sendo assim, a catequese e o SAV caminham juntos e ampliam o espaço de projetos, oficinas e semanas vocacionais que são fundamentais para o crescimento rumo ao discipulado e à missionariedade dos jovens.

SAV nas Comunidades

Os Missionários da Palavra especialistas na animação vocacional, destacam que o SAV está presente em três diferentes níveis: regional, diocesano e paroquial. Sendo assim, a equipe do SAV diocesano assume as semanas vocacionais em todas as escolas e comunidades da paróquia por ocasião de ordenações sacerdotais e diaconais, votos religiosos e demais celebrações especiais, como profissão perpétua e jubileus. A equipe paroquial se encontra, mensalmente, para oração, estudo e planejamento. O Regional se encarrega da elaboração do material de estudo sobre a missão da equipe, orientações para a animação vocacional, espiritualidade no Serviço da Animação Vocacional e outros.
Se você quer fazer parte da família dos Missionários da Palavra e deseja colocar sua vida a serviço de uma grande causa, que tal conhecer o Instituto Missionário da Palavra?

terça-feira, 23 de outubro de 2012

A IGREJA DE CRISTO


A IGREJA DE CRISTO É A IGREJA CATÓLICA


Jesus Cristo, Nosso Salvador, fundou apenas uma Igreja, não várias, como é desejo dos hereges. Ele fundou a Igreja Católica Apostólica Romana:"Cabe ao Filho realizar, na plenitude dos tempos, o plano de salvação de seu Pai. Este é o motivo de sua missão. O Senhor Jesus iniciou sua Igreja pregando a Boa Nova, isto é, o advento do Reino de Deus prometido nas Escrituras havia séculos" (Catecismo da Igreja Católica, 763).
Os pastores evangélicos, em geral, costumam apontar o dedo para o próprio peito dizendo serem eles a "pedra" sobre a qual Cristo Jesus fundou a Sua Igreja; outros bem mais "cultos" e "místicos", dizem que a "Igreja" está dentro do coração, e aquele que "aceitar" Jesus, pertence à Igreja de Nosso Senhor.
São Cipriano que não era herege, ambicioso nem enganador diz: "Cristo edifica a Igreja sobre Pedro. Encarrega-o de apascentar-lhe as ovelhas. A Pedro é entregue o primado para que seja uma Igreja e uma cátedra de Cristo. Quem abandona a cátedra de Pedro, sobre a qual foi fundada a Igreja, não pode pensar em pertencer à Igreja de Cristo" (De un. Eccl. cap. IV), e: "Pedro é o vértice, o chefe dos Apóstolos" (I Concílio de Nicéia).
Por mais que os hereges gritem, apontem o dedo e mentem, não dá para enganar o católico bem instruído; só escorregam em suas salivas, aqueles que se dizem católicos e vivem às margens da Igreja.
Quando Jesus Cristo diz: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei A MINHA IGREJA, e as portas do inferno não prevalecerão contra ELA(Mt 16, 18), a que Igreja se refere? Não é ao Protestantismo ou qualquer igreja protestante em particular, porque as Igrejas protestantes só começaram a existir no século XVI.
Refere-se, sem dúvida alguma, à IGREJA CATÓLICA; é fácil demonstrá-lo.
Logo nos inícios da Igreja, os seguidores de Cristo foram designados com o nome de cristãos. Assim podiam distinguir-se dos filósofos pagãos e dos judeus ou seguidores da sinagoga. Este nome de cristãos como se sabe vem na própria Bíblia, e tal denominação começou em Antioquia: “Em Antioquia é que foram os discípulos denominados CRISTÃOS pela primeira vez” (At 11, 26), e: “Então Agripa disse a Paulo: Por pouco me não persuade a fazer-me CRISTÃO” (At 26, 28), e também: “Se padece como CRISTÃO, não se envergonhe; mas glorifique a Deus neste nome” (1Pd 4, 16).
Aconteceu, porém que, tão logo a Igreja começou a propagar-se, começaram a aparecer os hereges seguindo doutrinas diversas daquela que tinha sido recebida dos Apóstolos, tomando também o nome de cristãos, pois acreditavam em Jesus Cristo e d’Ele se diziam discípulos.
Era preciso, portanto, um novo nome para designar a verdadeira Igreja, distinguindo-a dos hereges. E desde tempos antiquíssimos, desde os tempos dos Apóstolos, a Igreja começou a ser designada como IGREJA CATÓLICA, isto é, UNIVERSAL, a Igreja que está espalhada por toda a parte, para diferençá-la dos hereges, pertencentes à igrejinhas isoladas que existiam aqui e acolá. Assim é que já Santo Inácio de Antioquia, - que foi contemporâneo dos Apóstolos, pois nasceu mais ou menos no ano 35 da era cristã e, segundo Eusébio de Cesaréia no seu Chrónicon, foi bispo de Antioquia, entre os anos 70 e 107 - nos fala abertamente da Igreja Católicana sua Epístola aos Esmirnenses: “Onde comparecer o Bispo, aí esteja a multidão, do mesmo modo que, onde estiver Jesus Cristo, aí está a IGREJA CATÓLICA” (Epístola aos Esmirnenses c 8, 2).
Outro contemporâneo dos Apóstolos foi São Policarpo, bispo de Esmirna; nasceu no ano 69 e foi discípulo de São João Evangelista.
Quando São Policarpo recebeu a palma do martírio, a Igreja de Esmirna escreveu uma carta que é assim endereçada: “A Igreja de Deus que peregrina em Esmirna à Igreja de Deus que peregrina em Filomélio e a todas as paróquias da IGREJA SANTA E CATÓLICA em todo o mundo”. Nessa mesma Epístola se fala de uma oração feita por São Policarpo, na qual ele “fez menção de todos quantos em sua vida tiveram trato com ele, pequenos e grandes, ilustres e humildes, e especialmente de toda a IGREJA CATÓLICA, espalhada por toda a terra” (c. 8).
O Fragmento Muratoriano que é uma lista feita no segundo século, dos livros do Cânon do Novo Testamento, fala em livros apócrifos que “não podem ser recebidos na IGREJA CATÓLICA”.
São Clemente de Alexandria (também do século segundo) responde à objeção dos infiéis que perguntam: “Como se pode crer se há tanta divergência de heresias? A própria verdade nos distrai e cansa, porque outras pessoas estabelecem vários dogmas.”
Depois de mostrar vários sinais pelos quais se distingue a verdadeira Igreja das heresias, assim conclui São Clemente: “Não só pela essência, mas também pela opinião, pelo princípio, pela excelência, só há uma Igreja antiga e é a IGREJA CATÓLICA. Das heresias, umas se chamam pelo nome de um homem, como as que são  chamadas por Valentino, Marcião e Basílides; outras, pelo lugar donde vieram, como os Peráticos; outras do povo, como a heresia dos Frígios; outras, de alguma operação, como os Encratistas; outras, de seus próprios ensinos, como os Docetas e Hematistas"(Stromata 1.7. c. 15). O mesmo argumento podemos formular hoje. Háuma só Igreja que vem do princípio: é a IGREJA CATÓLICA. As seitas protestantes, umas são chamadas pelos nomes dos homens que as fundaram, ou cujas opiniões seguem, como: Luteranos (de Lutero), Calvinistas (de Calvino), Zuinglianos (de Zuínglio), etc.
Outras, do lugar donde vieram: Igreja Livre Evangélica Sueca, Irmão de Plymouth;
Outras, de um povo: Anglicanos (da Inglaterra), Irmãos Moravos (da Morávia);
No século III, Firmiliano, bispo de Capadócia, diz assim: “Há uma só esposa de Cristo que é a IGREJA CATÓLICA” (Ep. De Firmiliano nº 14).
Na história do martírio de São Piônio (morto em 251) se lê que Polemon o interroga:
— Como és chamado?
— Cristão.
— De que igreja?
— Católica (Ruinart. Acta martyrum pág. 122 nº 9).
São Frutuoso, martirizado no ano 259, diz: “É necessário que eu tenha em mente a IGREJA CATÓLICA, difundida desde o Oriente até o Ocidente” (Ruinart. Acta martyrum pág 192 nº 3).
Lactâncio, convertido ao cristianismo no ano 300, diz: “Só a IGREJA CATÓLICA é que conserva o verdadeiro culto. Esta é a fonte da verdade; este o domicílio da fé, o templo de Deus, no qual se alguém não entrar, do qual se alguém sair, está privado da esperança de vida e salvação eterna” (Livro 4º cap. III).
São Paciano de Barcelona (morto no ano 392) escreve na epístola a Simprônio: “Como, depois dos Apóstolos, apareceram as heresias e com nomes diversos procuraram cindir e dilacerar em partes aquela que é a rainha, a pomba de Deus, não exigia um sobrenome o povo apostólico, para que se distinguisse a unidade do povo que não se corrompeu pelo erro?... Portanto, entrando por acaso hoje numa cidade populosa e encontrando marcionistas, apolinarianos, catafrígios, novacianos e outros deste gênero, que se chamam cristãos, com que sobrenome eu reconheceria a congregação de meu povo, se não se chamasse CATÓLICA?” (Epístola a Simprônio nº 3). E mais adiante, na mesma epístola:“Cristão é o meu nome; CATÓLICO, o sobrenome” (idem nº 4).
São Cirilo de Jerusalém (do mesmo século IV) assim instruiu os catecúmenos “Se algum dia peregrinares pelas cidades, não indagues simplesmente onde está a casa do Senhor, porque também as seitas dos ímpios e as heresias querem coonestar (dar aparência de honesta) com o nome de casa do Senhor às suas espeluncas; nem perguntes simplesmente onde está a igreja, mas onde está a IGREJA CATÓLICA; este é o NOME PRÓPRIO desta SANTA MÃE de todos nós, que é também a ESPOSA de NOSSO SENHOR JESUS CRISTO” (Instrução Catequética c. 18; nº 26).
Santo Agostinho (do século V) dizia: “Deve ser seguida por nós aquela religião cristã, a comunhão daquela Igreja que é a CATÓLICA, e CATÓLICA é chamada não só pelos seus, mas também por todos os seus inimigos” (Verdadeira religião c 7; nº 12).
E quando o Concílio de Constantinopla, no ano de 381, colocou no seu Símbolo estas palavras: “Cremos na Igreja Una, Santa, CATÓLICA e Apostólica”, isto não constituía novidade alguma, pois já desde tempo antiquíssimo se vinha recitando no Credo ou Símbolo dos Apóstolos: creio na Santa Igreja CATÓLICA.
Vemos, portanto, na história do Cristianismo, o CONTRASTE EVIDENTE entre aquela Igreja que veio desde o princípio e logo se espalhou por toda a parte: "Ide, pois, e ensinai todas as gentes" (Mt 28, 19), e que desde o começo foi chamada CATÓLICA, segundo o que acabamos de demonstrar, e as heresias que foram aparecendo no decorrer dos séculos, discordando deste ou daquele ponto, inventadas por um homem qualquer, mas todas vencidas pela Igreja, pois ou desapareceram por completo ou ficaram reduzidas em número de adeptos que logo mergulharam no esquecimento.
Chega esta Igreja ao século XVI. Aparece então Martinho Lutero(monge católico: beberrão, mulherengo, revoltado e caluniador), pretendendo afirmar que esta Igreja está completamente afogada no erro e é preciso fazer uma reforma doutrinária.
Queremos aqui fazer apenas uma pergunta ao “inspirado” e “esclarecido” Lutero: “Como é que Cristo deixou durante tantos séculos a sua Igreja mergulhada completamente no erro, e só no século XVI fez aparecer os 'inspirados' e 'esclarecidos' doutrinários da verdade? Onde está a Providência Divina com relação à obra de Deus que é a sua Igreja?”
Se tal desastre se tivesse verificado, então teria falhado completamente a promessa de Cristo: “E as portas do inferno não prevalecerão CONTRA ELA” (Mt 16, 18).
Foi uma VERDADEIRA DESGRAÇA o que fez Martinho Lutero. O seu amigo Melanchton escreve: “Nem toda a água do rio Elba daria lágrimas bastante para chorar a desgraça da Reforma”.
Católico, tampe os ouvidos diante dos uivos dos lobos que trabalham furiosamente para arrancar-te do seio da Verdadeira Igreja, não lhes dê ouvidos, mas lembre-se com frequência de que Cristo Jesus é o Santo Fundador da Única Igreja, e por mais que lancem pedras sobre ela, jamais a destruirão: "Cristo é o único Senhor da Igreja. Ela lhe pertence, pois é ele quem a edifica. É Pedro, porém, quem lhe guarda as chaves para abrir, fechar, cerrar e excluir. Inimigos ardilosos que a não conseguiram suplantar em campo aberto, tentarão introduzir-se disfarçadamente em seu seio, procurando combatê-la e destruí-la pelo interno" (Alfred Barth, Enciclopédia Catequética, Vol. II).
Católico, AMESIRVA e DEFENDA a Igreja Católica... Cristo Jesus deu a vida por ela: "Com a vitória da cruz, ele adquiriu para si o poder e o domínio sobre todas as gentes" (Santo Tomás de Aquino, Summa Theol., III, 42, 1), e:"Aquele que, feito homem, se tornara cabeça e senhor da humanidade, ora resgatou seu povo com seu Sangue, libertou-o, remiu-o e o fez seu. O véu do templo - a antiga aliança - rasgou-se" (Leão I, Serm., 68, 3), e também:"Amem esta Igreja, sejam essa Igreja, fiquem na Igreja! E amem o Esposo!" (Santo Agostinho).

Heresia - "Cruz é sinônimo de maldição" diz Valdomiro

A Cruz é sinônimo de maldição diz pastor Vaaldomito da Igreja Mundial do Poder de Deus.



Cada vez mais os falsos profetas com suas heresias atraem mais seguidores, seguidores estes que não conhecem a palavra, Oseias 4, 6 (porque meu povo se perde por falta de conhecimento).
Guardai-vos dos falsos profetas. Eles vêm a vós disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos arrebatadores. (S. Mateus 7,15); Levantar-se-ão muitos falsos profetas e seduzirão a muitos. (S. Mateus 24,11); Porque se levantarão falsos cristos e falsos profetas, que farão milagres a ponto de seduzir, se isto fosse possível, até mesmo os escolhidos. (S. Mateus 24,24)
-Quem não carrega a sua cruz e me segue, não pode ser meu discípulo. (S.Lucas 14,27)

"porque meu povo se perde por falta de conhecimento; por teres rejeitado a instrução, excluir-te-ei de meu sacerdócio; já que esqueceste a lei de teu Deus, também eu me esquecerei dos teus filhos".
Oséias 4:6

"porque meu povo se perde por falta de conhecimento; por teres rejeitado a instrução, excluir-te-ei de meu sacerdócio; já que esqueceste a lei de teu Deus, também eu me esquecerei dos teus filhos".
Oséias 4:6

"porque meu povo se perde por falta de conhecimento; por teres rejeitado a instrução, excluir-te-ei de meu sacerdócio; já que esqueceste a lei de teu Deus, também eu me esquecerei dos teus filhos".
Oséias 4:6

"porque meu povo se perde por falta de conhecimento; por teres rejeitado a instrução, excluir-te-ei de meu sacerdócio; já que esqueceste a lei de teu Deus, também eu me esquecerei dos teus filhos".
Oséias 4:6

"porque meu povo se perde por falta de conhecimento; por teres rejeitado a instrução, excluir-te-ei de meu sacerdócio; já que esqueceste a lei de teu Deus, também eu me esquecerei dos teus filhos".
Oséias 4:6

-Quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim. (S. Mateus 10,38)"
-Em seguida, Jesus disse a seus discípulos: Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me. (S. Mateus 16,24)"
-Em seguida, convocando a multidão juntamente com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém me quer seguir, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. (S. Marcos 8,34).
-I Cor 1, 23: "nós, porém, anunciamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os pagãos

Este indivíduo, pastor do demônio, é o maior anátema que já existiu, passa sua vida enganando o humilde povo de Deus, porém bem sabemos qual o fim que aguarda esse anti-Cristo.

Mateus 24

  • "E Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane[enganando-vos e levando-vos ao erro];" (24.4)
  • "Porque muitos virão [apropriando-se da força de meu nome e] em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos." (24:5)
  • "Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo (o Messias) está aqui, ou ali, não lhe deis crédito;" (24:23)
  • "Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos (os eleitos de Deus)." (24:24)
  • "Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto, não saiais. Eis que ele está no interior da casa; não acrediteis." (24:26)

Rezemos por sua conversão.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

A SALVAÇÃO SE DÁ PELO ANUNCIO DA PALAVRA


A SALVAÇÃO SE DÁ PELO ANUNCIO DA PALAVRA

O servo é um súdito do Reino de Deus na Terra, e como tal tem a cumprir os seus deveres de cunho espiritual para com esse Reino. Mesmo tendo passado o Mês das Missões não posso deixar de frisar algo que muito precisa ser compreendido por todos nós. Missões não pode ser o mero entusiasmo, nem os efeitos das oratórias enriquecidas da retórica e do alto saber humano. A Igreja de Cristo nunca despertará, nem aceitará o desafio de Deus para evangelizar o mundo, sob os efeitos de sermões plenos de palavras rebuscadas, mas vazios do Espírito Santo. Missões é tarefa santa que só se realiza com o Poder do Espírito Santo; e este poder está à disposição de todos os que buscarem, a fim de se tornarem cada vez mais operosos na obra do Senhor.
Amados irmãos, vamos abrir o nosso coração e observar a experiência do profeta Jonas. Deus apareceu a Jonas e incumbiu-o de pregar na grande cidade de Nínive, capital do poderoso Império Assírio. Ele, entretanto, para não cumprir a ordem, resolveu fugir da presença de Deus, como se isso fosse possível. Assim, comprou uma passagem em um navio que ia para Társis, cidade situada na direção oposta ao seu destino. Talvez, na sua maneira de pensar, acreditasse que para ser um servo de Deus não fosse preciso pregar em Nínive, pois seria perda de tempo pregar ao povo que não o ouviria.
Jonas não conseguiria fugir da presença do Altíssimo. Algo impossível! O salmista, exaltando a Onipotência e a Onipresença do Senhor, exclama em Sal 138, 7.8: "Para onde irei, longe do vosso Espírito? Para onde fugir, apartado de vosso olhar? Se subir até os céus, ali estais; se descer à região dos mortos, lá vos encontrais também". Em suma, ninguém se esconde da presença de Deus.
Após providenciar o retorno de Jonas, no ventre do grande peixe, Deus lhe falou uma segunda vez, dizendo que fosse pregar ao povo de Nínive. Desta vez, Jonas, ainda, contrariado, pregou aos ninivitas e toda a cidade, desde o rei ao servo mais humilde, se arrependeu, o que o deixou bastante aborrecido. Por isso se retirou da cidade e prostrou-se em suas cercanias. Jonas estava decepcionado, porque Deus havia salvo os habitantes daquela cidade. Na sua concepção, os ninivitas não eram merecedores da misericórdia de Deus; o Senhor deveria tê-los destruído.
Amados, quantas vezes isso já aconteceu na nossa caminhada. Quantas vezes rejeitamos ou nos negamos ir a algum lugar ou de nos dirigirmos a certas pessoas. Na verdade, aspiramos aquilo que nos coloca em evidência e que massageia o nosso interior.
Há momentos em nossa vida que somos tomados pela frustração. Ela é o resultado do nosso orgulho, da vaidade pessoal. Isto faz com que recriminemos alguma atitude de Deus. Em vez de glorificá-lo, ficamos zangados.
O exemplo citado serve como base para o servo glorificar a Deus pelo seu grandioso Poder e se conscientizar de que Ele não mede esforços para abençoar o seu povo. O Senhor está sempre pronto a operar milagres, independentemente das circunstâncias ou o ânimo dos seus servos. O tempo e o mundo não param, haja vista as grandes descobertas da ciência. Nas grandes universidades e laboratórios, os físicos e os cientistas trabalham em busca de novas descobertas e invenções que possibilitem uma melhor forma de viver no futuro. No ministério, não podemos fugir a essa regra. O homem de Deus precisa progredir no conhecimento da Palavra, através do estudo e da meditação.
Precisa estar diante do Senhor, clamando a graça do batismo com o Espírito Santo diário, orientação e unção para realizar a tarefa que dEle recebeu. Queridos Ministros da Eucaristia, irmãos da Liturgia e de todas as demais Pastorais, sejamos firmes, fiéis e diligentes no santo ministério. Atentemos para o que a Bíblia diz sobre isso em Jer 48, 10: "Maldito aquele que faz com negligência a obra do Senhor!". Todo esse apelo é pela grande causa de amor da Obra de Deus. Não podemos ficar na mesmice. Temos que fazer com que o Amor de Deus inflame o nosso coração e faça a nossa missão prosperar. A Igreja, nesta última década, tem sido despertada para a obra da evangelização. O IDE de Jesus nunca foi tão forte em nossa vida, como nos dias atuais. Estamos na Década da Colheita, mas precisamos continuar semeando a boa semente. O solo é fértil e está preparado para a semeadura. Jesus disse que o campo é o mundo, conforme consta em Mat 13, 38. Portanto, continuemos a semear a semente santa, a Palavra de Deus, a tempo e fora do tempo. O profeta Isaías declarou com bastante propriedade: "Bem-aventurados sereis por semear à margem de todos os cursos d'água . . . (Is 32, 20). Servos, preguemos as boas novas da salvação em todo tempo e lugar, mesmo que as condições sejam adversas. Fracassos e frustrações virão, deixemos de lado os melindres, deixemos de lado as duras críticas e os banhos de água fria que levamos, e coloquemos não só o nosso olhar mas toda a nossa vida, o nosso chamado, a nossa vocação, no autor e consumidor da nossa fé, Naquele em que está toda a nossa força, Jesus Cristo. Aleluia! Graças a Deus!
O exemplo da experiência de Jonas nos leva a meditar profundamente acerca do nosso ministério, acerca daquilo que estamos fazendo para o nosso Deus. Desejamos ser úteis na sua obra, está na índole de cada um de nós realizar a sua vontade. Somos vocacionados, escolhidos e enviados, porém cada servo deve ter o cuidado de fazer com habilidade e esmero o trabalho do Senhor e procurar, no dia-a-dia do seu ministério, aprimorar o que está fazendo, incansavelmente, independente de ser ou não o Mês das Missões, independente da nossa vontade própria, mas na humildade, na sobriedade e na obediência, certos de que cumpriremos a ordem imperativa de Jesus que clama aos homens: "Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura. Quem crer e for batizado, será salvo" (Mar 16, 15.16a) e assim abrigaremos vivo dentro do nosso coração um dos mais nobres e importantes desejos de sermos servos fiéis e operantes na Seara do nosso Mestre Jesus.
Que Deus em sua infinita sabedoria nos inflame e nos batize com o seu Santo Espírito todos os dias, para que não permaneçamos estacionados nos feitos do passado, sentado nos louros das vitórias remotas, agindo como mestres de obras prontas, mesmo que nos custe lágrimas, suor e dores, que perseveremos dentro dos parâmetros da oração, da escuta e do serviço. Sejamos ousados e verdadeiros sinais vivos da presença de Deus onde quer que estejamos, anunciando, apresentando ao seu rebanho, com amor, a verdadeira salvação, cumprindo os deveres de cunho espiritual da obra que nos foi confiada.
A Paz e Alegria do Senhor! Mãos à obra irmãos, a hora é agora. O tempo é breve!

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

CONSAGRE-SE A JESUS



A consagração religiosa é o seguimento evangélico de Cristo. Ele chama pessoalmente a uma vocação, chama a viver como Ele, tornando-nos assim participantes da sua missão evangelizadora. A Consagração não é uma iniciativa humana mas divina onde o Consagrado assume na sua vida a vida de Cristo, os seus riscos e esperanças, as suas preocupações e o seu projeto existencial, as suas atitudes vitais e essenciais. Trata-se de uma plena transfiguração com Cristo, pobre, obediente e casto.
O Consagrado entrega-se a Deus em liberdade total. Como Paulo sente que já não é ele que vive mas Cristo que vive em si e por seu intermédio atua para salvação de todos. Consagrar a Deus a nossa liberdade e toda a nossa capacidade de amar, não se trata de uma negação de nós mesmos. Trata-se outro sim da afirmação plena dos valores humanos que são dom de Deus e que lhe entregamos.
Converter a nossa liberdade de Consagrados e o nosso amor em entrega total a Deus é deixar-se possuir pelo Seu amor infinito e isto não nos tira a liberdade, devolve-a de forma suprema tornando-nos mais livres para amar na medida em que Deus cria e fortalece essa mesma liberdade.
         Estamos, então, juntos nessa caminhada de firmar sempre mais o nosso compromisso com o Mestre da Palavra, Jesus. Que possamos escutar com intensidade a sua voz e não esmorecer diante dos obstáculos que nos vão aparecendo! Coragem! Venha! Ele te chama porque muitos precisam de ti.

Entre em contato conosco: missionariospalavra@terra.com.br

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

ANO DA FÉ 2012/2013


Ano da FÉ - 2012


ANO DA FÉ: CARTA APOSTÓLICA SOB FORMA DE MOTU PROPRIO ‘PORTA FIDEI’.



Carta Apostólica sob forma de Motu Proprio


Porta fidei do Sumo Pontífice Bento XVI pela qual se proclama o Ano da Fé


1. A PORTA DA FÉ (cf. Act 14, 27), que introduz na vida de comunhão com Deus e permite a entrada na sua Igreja, está sempre aberta para nós. É possível cruzar este limiar, quando a Palavra de Deus é anunciada e o coração se deixa plasmar pela graça que transforma. Atravessar aquela porta implica embrenhar-se num caminho que dura a vida inteira. Este caminho tem início com o Baptismo (cf. Rm 6, 4), pelo qual podemos dirigir-nos a Deus com o nome de Pai, e está concluído com a passagem através da morte para a vida eterna, fruto da ressurreição do Senhor Jesus, que, com o dom do Espírito Santo, quis fazer participantes da sua própria glória quantos crêem n’Ele (cf. Jo 17, 22). Professar a fé na Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo – equivale a crer num só Deus que é Amor (cf. 1 Jo 4, 8): o Pai, que na plenitude dos tempos enviou seu Filho para a nossa salvação; Jesus Cristo, que redimiu o mundo no mistério da sua morte e ressurreição; o Espírito Santo, que guia a Igreja através dos séculos enquanto aguarda o regresso glorioso do Senhor.


2. Desde o princípio do meu ministério como Sucessor de Pedro, lembrei a necessidade de redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo. Durante a homilia da Santa Missa no início do pontificado, disse: «A Igreja no seu conjunto, e os Pastores nela, como Cristo devem pôr-se a caminho para conduzir os homens fora do deserto, para lugares da vida, da amizade com o Filho de Deus, para Aquele que dá a vida, a vida em plenitude»1. Sucede não poucas vezes que os cristãos sintam maior preocupação com as consequências sociais, culturais e políticas da fé do que com a própria fé, considerando esta como um pressuposto óbvio da sua vida diária. Ora um tal pressuposto não só deixou de existir, mas frequentemente acaba até negado.2 Enquanto, no passado, era possível reconhecer um tecido cultural unitário, amplamente compartilhado no seu apelo aos conteúdos da fé e aos valores por ela inspirados, hoje parece que já não é assim em grandes sectores da sociedade devido a uma profunda crise de fé que atingiu muitas pessoas.


3. Não podemos aceitar que o sal se torne insípido e a luz fique escondida (cf. Mt 5, 13-16). Também o homem contemporâneo pode sentir de novo a necessidade de ir como a samaritana ao poço, para ouvir Jesus que convida a crer n’Ele e a beber na sua fonte, donde jorra água viva (cf. Jo 4, 14). Devemos readquirir o gosto de nos alimentarmos da Palavra de Deus, transmitida fielmente pela Igreja, e do Pão da vida, oferecidos como sustento de quantos são seus discípulos (cf. Jo 6, 51). De facto, em nossos dias ressoa ainda, com a mesma força, este ensinamento de Jesus: «Trabalhai, não pelo alimento que desaparece, mas pelo alimento que perdura e dá a vida eterna» (Jo 6, 27). E a questão, então posta por aqueles que O escutavam, é a mesma que colocamos nós também hoje: «Que havemos nós de fazer para realizar as obras de Deus?» (Jo 6, 28). Conhecemos a resposta de Jesus: «A obra de Deus é esta: crer n’Aquele que Ele enviou» (Jo 6, 29). Por isso, crer em Jesus Cristo é o caminho para se poder chegar definitivamente à salvação.


4. À luz de tudo isto, decidi proclamar um Ano da Fé. Este terá início a 11 de Outubro de 2012, no cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II, e terminará na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, a 24 de Novembro de 2013. Na referida data de 11 de Outubro de 2012, completar-se-ão também vinte anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica, texto promulgado pelo meu Predecessor, o Beato Papa João Paulo II,3 com o objectivo de ilustrar a todos os fiéis a força e a beleza da fé. Esta obra, verdadeiro fruto do Concílio Vaticano II, foi desejada pelo Sínodo Extraordinário dos Bispos de 1985 como instrumento ao serviço da catequese 4 e foi realizado com a colaboração de todo o episcopado da Igreja Católica. E uma Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos foi convocada por mim, precisamente para o mês de Outubro de 2012, tendo por tema A nova evangelização para a transmissão da fé cristã. Será uma ocasião propícia para introduzir o complexo eclesial inteiro num tempo de particular reflexão e redescoberta da fé. Não é a primeira vez que a Igreja é chamada a celebrar um Ano da Fé. O meu venerado Predecessor, o Servo de Deus Paulo VI, proclamou um semelhante, em 1967, para comemorar o martírio dos apóstolos Pedro e Paulo no décimo nono centenário do seu supremo testemunho. Idealizou-o como um momento solene, para que houvesse, em toda a Igreja, «uma autêntica e sincera profissão da mesma fé»; quis ainda que esta fosse confirmada de maneira «individual e colectiva, livre e consciente, interior e exterior, humilde e franca».5 Pensava que a Igreja poderia assim retomar «exacta consciência da sua fé para a reavivar, purificar, confirmar, confessar».6 As grandes convulsões, que se verificaram naquele Ano, tornaram ainda mais evidente a necessidade duma tal celebração. Esta terminou com a Profissão de Fé do Povo de Deus 7, para atestar como os conteúdos essenciais, que há séculos constituem o património de todos os crentes, necessitam de ser confirmados, compreendidos e aprofundados de maneira sempre nova para se dar testemunho coerente deles em condições históricas diversas das do passado.


5. Sob alguns aspectos, o meu venerado Predecessor viu este Ano como uma «consequência e exigência pós-conciliar»8, bem ciente das graves dificuldades daquele tempo sobretudo no que se referia à profissão da verdadeira fé e da sua recta interpretação. Pareceu-me que fazer coincidir o início do Ano da Fé com o cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II poderia ser uma ocasião propícia para compreender que os textos deixados em herança pelos Padres Conciliares, segundo as palavras do Beato João Paulo II, «não perdem o seu valor nem a sua beleza. É necessário fazê-los ler de forma tal que possam ser conhecidos e assimilados como textos qualificados e normativos do Magistério, no âmbito da Tradição da Igreja. Sinto hoje ainda mais intensamente o dever de indicar o Concílio como a grande graça de que beneficiou a Igreja no século XX: nele se encontra uma bússola segura para nos orientar no caminho do século que começa».9 Quero aqui repetir com veemência as palavras que disse a propósito do Concílio poucos meses depois da minha eleição para Sucessor de Pedro: «Se o lermos e recebermos guiados por uma justa hermenêutica, o Concílio pode ser e tornar-se cada vez mais uma grande força para a renovação sempre necessária da Igreja».10


6. A renovação da Igreja realiza-se também através do testemunho prestado pela vida dos crentes: de facto, os cristãos são chamados a fazer brilhar, com a sua própria vida no mundo, a Palavra de verdade que o Senhor Jesus nos deixou. O próprio Concílio, na Constituição dogmática Lumen gentium, afirma: «Enquanto Cristo “santo, inocente, imaculado” (Heb 7, 26), não conheceu o pecado (cf. 2 Cor 5, 21), mas veio apenas expiar os pecados do povo (cf. Heb 2, 17), a Igreja, contendo pecadores no seu próprio seio, simultaneamente santa e sempre necessitada de purificação, exercita continuamente a penitência e a renovação. A Igreja “prossegue a sua peregrinação no meio das perseguições do mundo e das consolações de Deus”, anunciando a cruz e a morte do Senhor até que Ele venha (cf. 1 Cor 11, 26). Mas é robustecida pela força do Senhor ressuscitado, de modo a vencer, pela paciência e pela caridade, as suas aflições e dificuldades tanto internas como externas, e a revelar, velada mas fielmente, o seu mistério, até que por fim se manifeste em plena luz».11


Nesta perspectiva, o Ano da Fé é convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo. No mistério da sua morte e ressurreição, Deus revelou plenamente o Amor que salva e chama os homens à conversão de vida por meio da remissão dos pecados (cf. Act 5, 31). Para o apóstolo Paulo, este amor introduz o homem numa vida nova: «Pelo Baptismo fomos sepultados com Ele na morte, para que, tal como Cristo foi ressuscitado de entre os mortos pela glória do Pai, também nós caminhemos numa vida nova» (Rm 6, 4). Em virtude da fé, esta vida nova plasma toda a existência humana segundo a novidade radical da ressurreição. Na medida da sua livre disponibilidade, os pensamentos e os afectos, a mentalidade e o comportamento do homem vão sendo pouco a pouco purificados e transformados, ao longo de um itinerário jamais completamente terminado nesta vida. A «fé, que actua pelo amor» (Gl 5, 6), torna-se um novo critério de entendimento e de acção, que muda toda a vida do homem (cf. Rm 12, 2; Cl 3, 9-10; Ef 4, 20-29; 2 Cor 5, 17).


7. «Caritas Christi urget nos – o amor de Cristo nos impele» (2 Cor 5, 14): é o amor de Cristo que enche os nossos corações e nos impele a evangelizar. Hoje, como outrora, Ele envia-nos pelas estradas do mundo para proclamar o seu Evangelho a todos os povos da terra (cf. Mt 28, 19). Com o seu amor, Jesus Cristo atrai a Si os homens de cada geração: em todo o tempo, Ele convoca a Igreja confiando-lhe o anúncio do Evangelho, com um mandato que é sempre novo. Por isso, também hoje é necessário um empenho eclesial mais convicto a favor duma nova evangelização, para descobrir de novo a alegria de crer e reencontrar o entusiasmo de comunicar a fé. Na descoberta diária do seu amor, ganha força e vigor o compromisso missionário dos crentes, que jamais pode faltar. Com efeito, a fé cresce quando é vivida como experiênciade um amor recebido e é comunicada como experiência de graça e de alegria. A fé torna-nos fecundos, porque alarga o coração com a esperança e permite oferecer um testemunho que é capaz de gerar: de facto, abre o coração e a mente dos ouvintes para acolherem o convite do Senhor a aderir à sua Palavra a fim de se tornarem seus discípulos. Os crentes – atesta Santo Agostinho – «fortificam-se acreditando».12 O Santo Bispo de Hipona tinha boas razões para falar assim. Como sabemos, a sua vida foi uma busca contínua da beleza da fé enquanto o seu coração não encontrou descanso em Deus.13 Os seus numerosos escritos, onde se explica a importância de crer e a verdade da fé, permaneceram até aos nossos dias como um património de riqueza incomparável e consentem ainda a tantas pessoas à procura de Deus de encontrarem o justo percurso para chegar à «porta da fé».


Por conseguinte, só acreditando é que a fé cresce e se revigora; não há outra possibilidade de adquirir certeza sobre a própria vida, senão abandonar-se progressivamente nas mãos de um amor que se experimenta cada vez maior porque tem a sua origem em Deus.


8. Nesta feliz ocorrência, pretendo convidar os Irmãos Bispos de todo o mundo para que se unam ao Sucessor de Pedro, no tempo de graça espiritual que o Senhor nos oferece, a fim de comemorar o dom precioso da fé. Queremos celebrar este Ano de forma digna e fecunda. Deverá intensificar-se a reflexão sobre a fé, para ajudar todos os crentes em Cristo a tornarem mais consciente e revigorarem a sua adesão ao Evangelho, sobretudo num momento de profunda mudança como este que a humanidade está a viver. Teremos oportunidade de confessar a fé no Senhor Ressuscitado nas nossas catedrais e nas igrejas do mundo inteiro, nas nossas casas e no meio das nossas famílias, para que cada um sinta fortemente a exigência de conhecer melhor e de transmitir às gerações futuras a fé de sempre. Neste Ano, tanto as comunidades religiosas como as comunidades paroquiais e todas as realidades eclesiais, antigas e novas,encontrarão forma de fazer publicamente profissão do Credo.


9. Desejamos que este Ano suscite, em cada crente, o anseio de confessar a fé plenamente e com renovada convicção, com confiança e esperança. Será uma ocasião propícia também para intensificar acelebração da fé na liturgia, particularmente na Eucaristia, que é «a meta para a qual se encaminha a acção da Igreja e a fonte de onde promana toda a sua força».14 Simultaneamente esperamos que o testemunhode vida dos crentes cresça na sua credibilidade. Descobrir novamente os conteúdos da fé professada, celebrada, vivida e rezada 15 e reflectir sobre o próprio acto com que se crê, é um compromisso que cada crente deve assumir, sobretudo neste Ano.


Não foi sem razão que, nos primeiros séculos, os cristãos eram obrigados a aprender de memória o Credo. É que este servia-lhes de oração diária, para não esquecerem o compromisso assumido com o Baptismo. Recorda-o, com palavras densas de significado, Santo Agostinho quando afirma numa homilia sobre a redditio symboli (a entrega do Credo): «O símbolo do santo mistério, que recebestes todos juntos e que hoje proferistes um a um, reúne as palavras sobre as quais está edificada com solidez a fé da Igreja, nossa Mãe, apoiada no alicerce seguro que é Cristo Senhor. E vós recebeste-lo e proferiste-lo, mas deveis tê-lo sempre presente na mente e no coração, deveis repeti-lo nos vossos leitos, pensar nele nas praças e não o esquecer durante as refeições; e, mesmo quando o corpo dorme, o vosso coração continue de vigília por ele».16


10. Queria agora delinear um percurso que ajude a compreender de maneira mais profunda os conteúdos da fé e, juntamente com eles, também o acto pelo qual decidimos, com plena liberdade, entregar-nos totalmente a Deus. De facto, existe uma unidade profunda entre o acto com que se crê e os conteúdos a que damos o nosso assentimento. O apóstolo Paulo permite entrar dentro desta realidade quando escreve: «Acredita-se com o coração e, com a boca, faz-se a profissão de fé» (Rm 10, 10). O coração indica que o primeiro acto, pelo qual se chega à fé, é dom de Deus e acção da graça que age e transforma a pessoa até ao mais íntimo dela mesma.


A este respeito é muito eloquente o exemplo de Lídia. Narra São Lucas que o apóstolo Paulo, encontrando-se em Filipos, num sábado foi anunciar o Evangelho a algumas mulheres; entre elas, estava Lídia. «O Senhor abriu-lhe o coração para aderir ao que Paulo dizia» (Act 16, 14). O sentido contido na expressão é importante. São Lucas ensina que o conhecimento dos conteúdos que se deve acreditar não é suficiente, se depois o coração – autêntico sacrário da pessoa – não for aberto pela graça, que consente de ter olhos para ver em profundidade e compreender que o que foi anunciado é a Palavra de Deus.


Por sua vez, o professar com a boca indica que a fé implica um testemunho e um compromisso públicos. O cristão não pode jamais pensar que o crer seja um facto privado. A fé é decidir estar com o Senhor, para viver com Ele. E este «estar com Ele» introduz na compreensão das razões pelas quais se acredita. A fé, precisamente porque é um acto da liberdade, exige também assumir a responsabilidade social daquilo que se acredita. No dia de Pentecostes, a Igreja manifesta, com toda a clareza, esta dimensão pública do crer e do anunciar sem temor a própria fé a toda a gente. É o dom do Espírito Santo que prepara para a missão e fortalece o nosso testemunho, tornando-o franco e corajoso.


A própria profissão da fé é um acto simultaneamente pessoal e comunitário. De facto, o primeiro sujeito da fé é a Igreja. É na fé da comunidade cristã que cada um recebe o Baptismo, sinal eficaz da entrada no povo dos crentes para obter a salvação. Como atesta o Catecismo da Igreja Católica, «”Eu creio”: é a fé da Igreja, professada pessoalmente por cada crente, principalmente por ocasião do Baptismo. “Nós cremos”: é a fé da Igreja, confessada pelos bispos reunidos em Concílio ou, de modo mais geral, pela assembleia litúrgica dos crentes. “Eu creio”: é também a Igreja, nossa Mãe, que responde a Deus pela sua fé e nos ensina a dizer: “Eu creio”, “Nós cremos”».17


Como se pode notar, o conhecimento dos conteúdos de fé é essencial para se dar o próprioassentimento, isto é, para aderir plenamente com a inteligência e a vontade a quanto é proposto pela Igreja. O conhecimento da fé introduz na totalidade do mistério salvífico revelado por Deus. Por isso, o assentimento prestado implica que, quando se acredita, se aceita livremente todo o mistério da fé, porque o garante da sua verdade é o próprio Deus, que Se revela e permite conhecer o seu mistério de amor.18


Por outro lado, não podemos esquecer que, no nosso contexto cultural, há muitas pessoas que, embora não reconhecendo em si mesmas o dom da fé, todavia vivem uma busca sincera do sentido último e da verdade definitiva acerca da sua existência e do mundo. Esta busca é um verdadeiro «preâmbulo» da fé, porque move as pessoas pela estrada que conduz ao mistério de Deus. De facto, a própria razão do homem traz inscrita em si mesma a exigência «daquilo que vale e permanece sempre».19 Esta exigência constitui um convite permanente, inscrito indelevelmente no coração humano, para se pôr a caminho ao encontro d’Aquele que não teríamos procurado se Ele não tivesse já vindo ao nosso encontro.20 É precisamente a este encontro que nos convida e abre plenamente a fé.


11. Para chegar a um conhecimento sistemático da fé, todos podem encontrar um subsídio precioso e indispensável no Catecismo da Igreja Católica. Este constitui um dos frutos mais importantes do Concílio Vaticano II. Na Constituição Apostólica Fidei depositum – não sem razão assinada na passagem do trigésimo aniversário da abertura do Concílio Vaticano II – o Beato João Paulo II escrevia: «Este catecismo dará um contributo muito importante à obra de renovação de toda a vida eclesial (…). Declaro-o norma segura para o ensino da fé e, por isso, instrumento válido e legítimo ao serviço da comunhão eclesial».21


É precisamente nesta linha que o Ano da Fé deverá exprimir um esforço generalizado em prol da redescoberta e do estudo dos conteúdos fundamentais da fé, que têm no Catecismo da Igreja Católica a sua síntese sistemática e orgânica. Nele, de facto, sobressai a riqueza de doutrina que a Igreja acolheu, guardou e ofereceu durante os seus dois mil anos de história. Desde a Sagrada Escritura aos Padres da Igreja, desde os Mestres de teologia aos Santos que atravessaram os séculos, o Catecismo oferece uma memória permanente dos inúmeros modos em que a Igreja meditou sobre a fé e progrediu na doutrina para dar certeza aos crentes na sua vida de fé.


Na sua própria estrutura, o Catecismo da Igreja Católica apresenta o desenvolvimento da fé até chegar aos grandes temas da vida diária. Repassando as páginas, descobre-se que o que ali se apresenta não é uma teoria, mas o encontro com uma Pessoa que vive na Igreja. Na verdade, a seguir à profissão de fé, vem a explicação da vida sacramental, na qual Cristo está presente e operante, continuando a construir a sua Igreja. Sem a liturgia e os sacramentos, a profissão de fé não seria eficaz, porque faltaria a graça que sustenta o testemunho dos cristãos. Na mesma linha, a doutrina do Catecismo sobre a vida moral adquire todo o seu significado, se for colocada em relação com a fé, a liturgia e a oração.


12. Assim, no Ano em questão, o Catecismo da Igreja Católica poderá ser um verdadeiro instrumento de apoio da fé, sobretudo para quantos têm a peito a formação dos cristãos, tão determinante no nosso contexto cultural. Com tal finalidade, convidei a Congregação para a Doutrina da Fé a redigir, de comum acordo com os competentes Organismos da Santa Sé, uma Nota, através da qual se ofereçam à Igreja e aos crentes algumas indicações para viver, nos moldes mais eficazes e apropriados, este Ano da Fé ao serviço do crer e do evangelizar.


De facto, em nossos dias mais do que no passado, a fé vê-se sujeita a uma série de interrogativos, que provêm duma diversa mentalidade que, particularmente hoje, reduz o âmbito das certezas racionais ao das conquistas científicas e tecnológicas. Mas, a Igreja nunca teve medo de mostrar que não é possível haver qualquer conflito entre fé e ciência autêntica, porque ambas tendem, embora por caminhos diferentes, para a verdade.22


13. Será decisivo repassar, durante este Ano, a história da nossa fé, que faz ver o mistério insondável da santidade entrelaçada com o pecado. Enquanto a primeira põe em evidência a grande contribuição que homens e mulheres prestaram para o crescimento e o progresso da comunidade com o testemunho da sua vida, o segundo deve provocar em todos uma sincera e contínua obra de conversão para experimentar a misericórdia do Pai, que vem ao encontro de todos.


Ao longo deste tempo, manteremos o olhar fixo sobre Jesus Cristo, «autor e consumador da fé» (Heb 12, 2): n’Ele encontra plena realização toda a ânsia e anélito do coração humano. A alegria do amor, a resposta ao drama da tribulação e do sofrimento, a força do perdão face à ofensa recebida e a vitória da vida sobre o vazio da morte, tudo isto encontra plena realização no mistério da sua Encarnação, do seu fazer-Se homem, do partilhar connosco a fragilidade humana para a transformar com a força da sua ressurreição. N’Ele, morto e ressuscitado para a nossa salvação, encontram plena luz os exemplos de fé que marcaram estes dois mil anos da nossa história de salvação.


Pela fé, Maria acolheu a palavra do Anjo e acreditou no anúncio de que seria Mãe de Deus na obediência da sua dedicação (cf. Lc 1, 38). Ao visitar Isabel, elevou o seu cântico de louvor ao Altíssimo pelas maravilhas que realizava em quantos a Ele se confiavam (cf. Lc 1, 46-55). Com alegria e trepidação, deu à luz o seu Filho unigénito, mantendo intacta a sua virgindade (cf. Lc 2, 6-7). Confiando em José, seu Esposo, levou Jesus para o Egipto a fim de O salvar da perseguição de Herodes (cf. Mt 2, 13-15). Com a mesma fé, seguiu o Senhor na sua pregação e permaneceu a seu lado mesmo no Gólgota (cf. Jo 19, 25-27). Com fé, Maria saboreou os frutos da ressurreição de Jesus e, conservando no coração a memória de tudo (cf. Lc 2, 19.51), transmitiu-a aos Doze reunidos com Ela no Cenáculo para receberem o Espírito Santo (cf. Act 1, 14; 2, 1-4).


Pela fé, os Apóstolos deixaram tudo para seguir o Mestre (cf. Mc 10, 28). Acreditaram nas palavras com que Ele anunciava o Reino de Deus presente e realizado na sua Pessoa (cf. Lc 11, 20). Viveram em comunhão de vida com Jesus, que os instruía com a sua doutrina, deixando-lhes uma nova regra de vida pela qual haveriam de ser reconhecidos como seus discípulos depois da morte d’Ele (cf. Jo 13, 34-35). Pela fé, foram pelo mundo inteiro, obedecendo ao mandato de levar o Evangelho a toda a criatura (cf. Mc 16, 15) e, sem temor algum, anunciaram a todos a alegria da ressurreição, de que foram fiéis testemunhas.


Pela fé, os discípulos formaram a primeira comunidade reunida à volta do ensino dos Apóstolos, na oração, na celebração da Eucaristia, pondo em comum aquilo que possuíam para acudir às necessidades dos irmãos (cf. Act 2, 42-47).


Pela fé, os mártires deram a sua vida para testemunhar a verdade do Evangelho que os transformara, tornando-os capazes de chegar até ao dom maior do amor com o perdão dos seus próprios perseguidores.


Pela fé, homens e mulheres consagraram a sua vida a Cristo, deixando tudo para viver em simplicidade evangélica a obediência, a pobreza e a castidade, sinais concretos de quem aguarda o Senhor, que não tarda a vir. Pela fé, muitos cristãos se fizeram promotores de uma acção em prol da justiça, para tornar palpável a palavra do Senhor, que veio anunciar a libertação da opressão e um ano de graça para todos (cf.Lc 4, 18-19).


Pela fé, no decurso dos séculos, homens e mulheres de todas as idades, cujo nome está escrito no Livro da vida (cf. Ap 7, 9; 13, 8), confessaram a beleza de seguir o Senhor Jesus nos lugares onde eram chamados a dar testemunho do seu ser cristão: na família, na profissão, na vida pública, no exercício dos carismas e ministérios a que foram chamados.


Pela fé, vivemos também nós, reconhecendo o Senhor Jesus vivo e presente na nossa vida e na história.


14. O Ano da Fé será uma ocasião propícia também para intensificar o testemunho da caridade. Recorda São Paulo: «Agora permanecem estas três coisas: a fé, a esperança e a caridade; mas a maior de todas é a caridade» (1 Cor 13, 13). Com palavras ainda mais incisivas – que não cessam de empenhar os cristãos –, afirmava o apóstolo Tiago: «De que aproveita, irmãos, que alguém diga que tem fé, se não tiver obras de fé? Acaso essa fé poderá salvá-lo? Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e precisarem de alimento quotidiano, e um de vós lhes disser: “Ide em paz, tratai de vos aquecer e de matar a fome”, mas não lhes dais o que é necessário ao corpo, de que lhes aproveitará? Assim também a fé: se ela não tiver obras, está completamente morta. Mais ainda! Poderá alguém alegar sensatamente: “Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me então a tua fé sem obras, que eu, pelas minhas obras, te mostrarei a minha fé”» (Tg 2, 14-18).


A fé sem a caridade não dá fruto, e a caridade sem a fé seria um sentimento constantemente à mercê da dúvida. Fé e caridade reclamam-se mutuamente, de tal modo que uma consente à outra de realizar o seu caminho. De facto, não poucos cristãos dedicam amorosamente a sua vida a quem vive sozinho, marginalizado ou excluído, considerando-o como o primeiro a quem atender e o mais importante a socorrer, porque é precisamente nele que se espelha o próprio rosto de Cristo. Em virtude da fé, podemos reconhecer naqueles que pedem o nosso amor o rosto do Senhor ressuscitado. «Sempre que fizestes isto a um dos meus irmãos mais pequeninos, a Mim mesmo o fizestes» (Mt 25, 40): estas palavras de Jesus são uma advertência que não se deve esquecer e um convite perene a devolvermos aquele amor com que Ele cuida de nós. É a fé que permite reconhecer Cristo, e é o seu próprio amor que impele a socorrê-Lo sempre que Se faz próximo nosso no caminho da vida. Sustentados pela fé, olhamos com esperança o nosso serviço no mundo, aguardando «novos céus e uma nova terra, onde habite a justiça» (2 Ped 3, 13; cf. Ap 21, 1).


15. Já no termo da sua vida, o apóstolo Paulo pede ao discípulo Timóteo que «procure a fé» (cf. 2 Tm 2, 22) com a mesma constância de quando era novo (cf. 2 Tm 3, 15). Sintamos este convite dirigido a cada um de nós, para que ninguém se torne indolente na fé. Esta é companheira de vida, que permite perceber, com um olhar sempre novo, as maravilhas que Deus realiza por nós. Solícita a identificar os sinais dos tempos no hoje da história, a fé obriga cada um de nós a tornar-se sinal vivo da presença do Ressuscitado no mundo. Aquilo de que o mundo tem hoje particular necessidade é o testemunho credível de quantos, iluminados na mente e no coração pela Palavra do Senhor, são capazes de abrir o coração e a mente de muitos outros ao desejo de Deus e da vida verdadeira, aquela que não tem fim.


Que «a Palavra do Senhor avance e seja glorificada» (2 Ts 3, 1)! Possa este Ano da Fé tornar cada vez mais firme a relação com Cristo Senhor, dado que só n’Ele temos a certeza para olhar o futuro e a garantia dum amor autêntico e duradouro. As seguintes palavras do apóstolo Pedro lançam um último jorro de luz sobre a fé: «É por isso que exultais de alegria, se bem que, por algum tempo, tenhais de andar aflitos por diversas provações; deste modo, a qualidade genuína da vossa fé – muito mais preciosa do que o ouro perecível, por certo também provado pelo fogo – será achada digna de louvor, de glória e de honra, na altura da manifestação de Jesus Cristo. Sem O terdes visto, vós O amais; sem O ver ainda, credes n’Ele e vos alegrais com uma alegria indescritível e irradiante, alcançando assim a meta da vossa fé: a salvação das almas» (1 Ped 1, 6-9). A vida dos cristãos conhece a experiência da alegria e a do sofrimento. Quantos Santos viveram na solidão! Quantos crentes, mesmo em nossos dias, provados pelo silêncio de Deus, cuja voz consoladora queriam ouvir! As provas da vida, ao mesmo tempo que permitem compreender o mistério da Cruz e participar nos sofrimentos de Cristo (cf. Cl 1, 24) , são prelúdio da alegria e da esperança a que a fé conduz: «Quando sou fraco, então é que sou forte» (2 Cor 12, 10). Com firme certeza, acreditamos que o Senhor Jesus derrotou o mal e a morte. Com esta confiança segura, confiamo-nos a Ele: Ele, presente no meio de nós, vence o poder do maligno (cf. Lc 11, 20); e a Igreja, comunidade visível da sua misericórdia, permanece n’Ele como sinal da reconciliação definitiva com o Pai.


À Mãe de Deus, proclamada «feliz porque acreditou» (cf. Lc 1, 45), confiamos este tempo de graça.


Dado em Roma, junto de São Pedro, no dia 11 de Outubro do ano 2011, sétimo de Pontificado.


BENEDICTUS PP. XVI